quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

carnaval

Parafraseando o grupo de rock Titãs “carnaval, carnaval, eu fico triste quando chega o carnaval”. Se você escutar essa música vai entender o porquê ele diz sobre os problemas da festa do carnaval. Não fico triste quando o prefeito de Itabuna reafirma mais uma vez que não terá carnaval na cidade. O carnaval é uma festa profana e que só traz prazer momentâneo e benefícios econômicos a alguns.

Claro que o povo brasileiro tem o direito de extravasar as suas angústias, dores, exploração que é sofrido durante os anos, em alguns dias de festa, dançando e cantando, mesmo que as letras nada dizem com nada, mas talvez seja isso que o povo queira – esquecer de tudo que lembre a rotina do dia-a-dia. O carnaval tem um significado e uma significância quando expressa a cultura de um povo, de uma sociedade. Quando traz mensagens que levem a todos reflexões e identidade de vida e de expressão cultural.

Mas o carnaval traz também as suas angústias, dores, percas. Observem as estatísticas de violência, prisões, morte no circuito da folia, morte no trânsito, observe os gráficos de quem fica mutilado por causa da violência no período do carnaval. Enfim, o carnaval é uma festa, cujo ritmo conduz o folião a ser inserido em um contexto de violência sem precedentes, e isso alimentado por vários decibes e consumo de alucinógenos.

Como sou amante da vida e da tranqüilidade, assino em baixo o que disse sobre não ter uma festa de carnaval em Itabuna, algumas vidas foram salvas, algumas vidas não foram ceifadas ou ficaram deficientes. Se a violência diminui, e tudo que se faz para que isso aconteça, sou favorável.

Portanto, para aqueles que vão curtir carnaval, muito cuidado, seja inteligente, procure coisas culturais e evite o máximo, se poder, de se envolver em confusões, beba moderadamente e total atenção no trânsito. E se você fizer como eu e ficar em casa, aproveite o dia e leia bastante, pegue bons filmes e contemple a natureza.