terça-feira, 17 de julho de 2007

São João em 2007

O São João passou e mais uma vez a saudade invade o coração da gente (como diz na música do cantor Fagner), isso significa que foi muito bom, e foi mesmo. Todos que compuseram a festa desde os preparativos até o findar dela estão de parabéns – valeram-se os esforços.

A Administração atual está fazendo por valer, mantendo a nossa festa junina enraizada no calendário oficial de festa em todo Nordeste, principalmente na Bahia. É bom ressaltar que a festa junina é um momento de confraternização, lazer e divertimento e isso está por demais presente em Ibicuí.

Por outro lado, infelizmente, temos que apontar o total falecimento das tradições que fazem parte da festa de São João (quadrilhas, barracas típicas, casamento matuto, entre outros). Outrora isso era visível a todos desde as ruas da cidade até a praça principal. Entretanto com a indústria da música e seus aproveitadores, fortalecidos por vários gestores municipais, essas tradições foram sendo apagadas.

Aqui não cabe saudosismo e nem modernismo, não pretendemos dizer que bom mesmo era em tempos atrás ou que em dias atuais não cabe mais ter festas antigas. Não, não é isso. Sabemos muito bem gozar do presente, viver nele, mas também não podemos jamais nos desfazer das memórias passadas. Tradição não é modismo. Tradição é prima-irmã da cultura de um povo, de uma nação. Não é porque vivemos no pós-modernismo que não se encaixa reviver tradições. Pelo contrário, em muitos lugares do nordeste que arregimentam fluxos significativos de pessoas, revigoram as tradições juninas (Caruaru, Recôncavo Baiano, Campina Grande, Sertão nordestino).

Hoje em dia não podemos desassociar turismo de cultura. Cidades turísticas já perceberam isso há algum tempo – Porto Seguro, Maceió, Fortaleza, cidades mineiras. Tem espaço para todos, mas com uma grande ressalva: turismo tem que ser ecológico, não destrutível ao ecossistema e do coletivo social. Não pode agredir desarmonicamente uma comunidade em nome do lucro. Turismo tem que preservar, vem aliado com a cultura e a tradição.

Ibicuí é isso, é forró (que também já não é mais o mesmo), é dança, é reencontro e encontro, paz, harmonia, também tem bebidas, mas também tem seus problemas – descaracterização e o quase abandono das tradições, falta de infra-estrutura e higienização interna aos barraqueiros, mal aproveitamento do tempo diurno/vespertino aonde não se vê apresentações dos festejos na(s) praça(s) independente de blocos, pois não são todos que podem ir a esses locais etc – que podem ser facilmente resolvidos, basta ter uma maior participação popular aliado as vontades políticas do legislativo e judiciário.

São João passou, mas já contamos os dias para o próximo e sabemos que poderemos contar com sua presença e de seus amigos, porque em Ibicuí o acolhimento por seu povo é uma das marcas forte, o resto deixa por cota das emoções e do arrasta-pé – esse sim não pode nunca ser apagado. Em 2008? São João te espera e o local é Ibicuí. Opa!!!! Na praça viu.

Um comentário:

Anônimo disse...

o são joão de ibicuí foi maravilhoso!!!! esta festa une todos na alegria, confraternização e diversão.
condordo contigo wagão, ano q vem estaremos de novo curtindo esta festa linda!
e podemos fazer nossa parte na lembrança dos bons (velhos) tempos...
lu