quinta-feira, 13 de março de 2014
AS DEZ ESTRATÉGIAS PARA A MANIPULAÇÃO E O CONTROLE DA OPINIÃO PÚBLICA
Primeiro, desviar a atenção do público daquilo que é realmente
importante oferecendo uma avalanche de informações secundárias e inócuas, que
como uma cortina de fumaça esconde os reais focos de incêndio.
Em segundo, distrair o público dos temas significativos e impactantes
tanto na área da economia quanto da ciência e tecnologia
(tais como psicologia, neurobiologia, cibernética, entre outras).
Quando mais distraído estiver o público menos tempo ele terá para
aprender sobre a vida e/ou para pensar.
Tal reação demanda a adoção de medidas imediatas para a solução da
crise.
Usualmente tais medidas já estão praticamente prontas e são aplicadas
antes que a população se dê conta de que essa sempre fora a meta primordial.
Por exemplo:
É uma estratégia de aplicação de medidas impopulares de forma gradativa
e quase imperceptível.
Por exemplo, entre 1980 e 1990 foram aplicadas medidas governamentais
que desembocaram no perfil de estado mínimo, privatizações dos serviços
públicos, precariedade da ação do estado (principalmente na segurança, saúde e
educação), flexibilidade das leis trabalhistas, desemprego em massa, achatamento
salarial, etc.
4 – SACRIFÍCIO FUTURO
É mais fácil aceitar um sacrifício no futuro do que um sacrifício
imediato tendo-se em conta que existe sempre uma esperança, mesmo que tênue, de
que o sacrifício exigido poderá ser evitado ou que os danos poderão ser
minimizados.
Por exemplo:
Antes da aplicação de um aumento de 10% na tarifa de energia elétrica:
Se o clima não mudar teremos aumento de 25% no preço da tarifa de
energia.
Na aplicação do aumento da tarifa:
Devido a um esforço coletivo do governo federal e estadual o aumento
acabou se concretizando em apenas 10%.
5 – DISCURSO PARA CRIANÇAS
Emprego de um discurso infantilizado, valendo-se de argumentos,
personagens, linguagens, estratégias, etc. como que dirigido a um público
formado exclusivamente por crianças ou por pessoas muito ingênuas.
Quando um adulto é tratado de forma afetuosa como se ele ainda fosse
criança observa-se uma tendência de uma resposta igualmente infantil.
6 – SENTIMENTALISMO E TEMOR
Apelar para o emocional de forma ou sentimentalista ou atemorizante com
intuito de promover um atraso tanto na resposta racional quanto do uso do senso
crítico. Geralmente tal estratégia é aplicada de forma combinada com
a número 4 e/ou número 5.
A utilização do registro emocional permite o acesso ao inconsciente
e promove um aumento da suscetibilidade ao enxerto de ideias,
desejos, medos e temores, compulsões, etc. e à indução de novos comportamentos.
Exemplo:
Para prevenirmos a ação de terroristas todos os passageiros serão
submetidos a uma rigorosa revista antes de embarcar. Colaborem!
7 – VALORIZAR A IGNORÂNCIA E A MEDIOCRIDADE
Manter em alta a popularidade de pessoas medíocres e ignorantes
aumentando sua visibilidade na mídia, para que o estúpido, o vulgar e o inculto
seja o exemplo a ser seguido principalmente pelos mais jovens.
8- DESPRESTIGIAR A INTELIGÊNCIA
Apresentar o cientista como vilão e o intelectual como pedante ao mesmo
tempo em que populariza a caricatura do “nerd” ou “CDF” como pessoas
ineptas do ponto de vista social e um exemplo a não ser seguido pelos mais
jovens — estimulando, por um lado, a negação da ciência e, por outro, o
desprestígio do uso da racionalidade e do senso crítico.
Geralmente tal realidade se coaduna com a oferta de uma educação de
menor qualidade para a população mais pobre – que não se queixa disso por que é
moda ser ignorante.
9- INCENTIVAR E INCUTIR A CULPA
Incutir, incentivar e reforçar a culpa do indivíduo quando do seu
fracasso, dividindo assim a sociedade em duas categorias: a de vencedores e a
de perdedores.
O “perdedor” (ou loser em inglês) é o indivíduo que não possui
habilidades ou competências para alcançar o sucesso que o outro tem.
Daí a grande visibilidade que a mídia oferece a modelos minoritários de
beleza e sucesso.
Recordando que apenas alguns poucos seres humanos podem ser enquadrados
nesse modelo tão rigoroso que categoriza, discrimina e impõe o que é belo,
jovem, célebre e bem sucedido.
O restante da humanidade deve se conformar com sua condição de perdedor
e carregar com resignação esse seu status.
Ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo
resigna-se e conforma-se com sua situação pessoal, social e econômica,
atribuindo seu “fracasso” à sua completa incompetência. Culpar-se
constantemente por isso, atua na formação de um desejado estado depressivo, do
qual, origina-se a apatia.
10- MONITORAÇÃO
Por meio do uso de técnicas de pesquisa de opinião, mineração de dados
em redes sociais e também dos avanços nas áreas de psicologia e neurobiologia,
os donos do poder tem conseguido conhecer melhor o comportamento do indivíduo
comum muito mais do que ele mesmo.
A monitoração deste comportamento além de alimentar os dados que
aperfeiçoam seu modelo psicossocial, oferecem informações que facilitam o
controle e a manipulação da opinião pública.
Aí está.
Mesmo me desculpando por esta síntese, aqui fundamentada numa tradução
livre e um tanto apressada de um site em francês eu fico tranquilo com meus
ensimesmados botões, por que sei que posso sempre contar com a ajuda e a
compreensão do leitor, seja para a correção de qualquer heterogêneo, seja para
acirrar a polêmica que sempre é bem-vinda e benéfica para o crescimento humano.
E claro, aproveitando o exposto para incentivar mais uma vez a leitura
de Chomsky. E que leitura!
Sei que para muitos, Chomsky é um visionário genial. Para
outros ele é um anarquista com delírios antiamericanos.
Porém existe um consenso em um dado aspecto e nesse quesito, Chomsky é
uma unanimidade:
— É simplesmente impossível ignorá-lo!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário