segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

Não é esse o primeiro momento que eu escrevo pra falar sobre a década de 80. Antes mesmo eu já tinha pronunciado em forma de texto sobre essa maravilha que foi a década de 80 do século XX. Todos que tem mais de 27 anos se lembram um pouco desse período maravilhoso em que presenciamos inúmeros acontecimentos.

Muitos intelectuais já pensaram sobre a década de oitenta, intitulando como sendo a década perdida, assim também pensou Raul Seixas que em uma de suas músicas ele já dizia “ei anos oitenta charrete que perdeu o condutor”. Pode até ser praqueles que já eram adultos, formados intelectualmente e viviam com utopias enraizadas nos períodos de 60. Mas pra nós crianças, essa foi uma década que se pudéssemos nunca sairíamos de lá.

Eu com meus 8 a 10 anos de idade adorava ver imagens de Didi, Dedé, Mussum e Zacarias, ver Balão Mágico, Trem da alegria, desenhos como as aventuras de cacá, Caverna do Dragão, Spectreman, Ultra Raios, Jaspion, he-man, Shera, Snoop, Smorf, Liga da Justiça, assistir Clube da Criança, ver seriados como Ilha da Fantasia, Esquadrão Classe A, Os Gatões, Incrível Hulk, O Homem Biônico e a Mulher Biônica, Manimal, Magaiver, entre outros dos quais não me lembro neste momento. Foram momentos que não saem da minha cabeça e que foi bastante expressivo para as formações das crianças naquele momento. Comparando com os desenhos atuais, quase não se ver filosofia de vida, como na época em que assistíamos O pequeno Príncipe, hoje as imagens são mais rápidas e a força supera o pensamento – veja quantas cenas de violência tem os desenhos e filmes contemporâneos.

A vida era um mar de rosa (da Pantera Cor de Rosa), gostávamos de brincar com as coisas da natureza, claro que não deixávamos de lado as tecnologias da época, como por exemplo, os Ferrorama, Atari, Playmobil, aquaplay, Pogobol, mas também priorizávamos o pião, a gude, a pipa, a gangorra, Pega-pega (ou esconde-esconde), ou seja, a rua também era a nossa extensão.

O que se percebe hoje em dia é uma nostalgia ou mesmo um saudosismo de uma época de alegria e muita felicidade. Em vários lugares estão acontecendo o que chamamos fenômeno Ploc – ou seja, todos estão querendo rever, ouvir, falar a respeito e até mesmo participar das festas da década de 80. Surgem sits (remember 80) blogs, comunidades no orkut, retratando momentos que naquele período surgiram, como novelas, seriados infantis (Sítio do Pica Pau Amarelo), comerciais, figurinhas, brinquedos, entre outras variedades de fenômenos. Existem até mesmo livros que retratam a década de 1980, não somente enfocando o Brasil , como também o mundo.

A vida segue e percebemos que agente também cresce e logo também iremos constituir famílias e sabemos que os nossos filhos (aquele que quiser ter é claro) irão ter o tempo deles, a curtição deles e quisá serem alegres e felizes como foram os nossos. Para aqueles que viajaram no Zumti-Plac-Zum avisamos a Raul: não fomos a lugar nenhum, mas tivemos a felicidade de ver e curtir um pouquinho de sua cabeça maluco beleza. Que surjam mais graciosidades como tempos outrora, mas que para nós jamais serão como as maravilhas da década de 80. Fica aqui a frase que resume tudo o que dissemos sobre a década de 80, está no LP do Balão Mágico: “amigos pra valer você e eu”, isso é o que desejamos para todas as crianças e as pessoas do bem. Que o balão e a mágica das crianças continuem nos levando por todos os rincões deste lindo planeta chamado terra.

Por: Wagner Freitas.

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