segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

Quando falamos em Unidade Nacional, remetemos ao chamado nacionalismo. A história de vários povos europeus, asiáticos, africanos, norte-americanos e sulamericanos, mostra a dura batalha da construção de uma Nação ou Estado ou País.

No Brasil que temos uma história bastante peculiar – esse processo se estendeu através de grandes conflitos étnicos – sociais. Para unir os “vários pedaços” do Brasil e transformá-lo num único país, grupos políticos se desentenderam, revoluções arrebentaram, reinvindicações foram feitas, brasileiros morreram e o governo se endividou. Basta observar os movimentos sociais contestatórios da época regencial (1831/40): Farroupilha, Sabinada, Balaiada, Cabanagem e Malês.

O Brasil se “estruturou” fisicamente através de ferro, trapaças, conchavos e roubalheira por parte das elites que objetivavam arregimentar ainda mais as suas fortunas. Mesmo querendo unificar o território e costumes, os brasileiros resistiram e apesar de falarmos a mesma língua, apenas traduz os anos de dominação portuguesa.

Resistimos e continuamos a resistir sobre qualquer tentativa de reprodução de único pensamento. Temos costumes diferenciados, sotaques incomuns, ritmos descompassados, isto é, culturas polonizadas. Essa busca pela Unidade Nacional durante o século XIX não solucionou os problemas do povo brasileiro, continuávamos atrelados as grandes capitais, senhores de terras, ao poder centralizado na capital, vendo o seu povo cada vez mais ismuecido do seu direito de viver dignamente, tendo as amarras das elites econômicas e de suas idéias unificadas.

Por: Wagner Freitas.

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